Sao vários os geógrafos e cientistas sociais modernos para quem o determinismo geográfico não explicaria as atitudes econômicas, religiosas, políticas dos grupos humanos: conseqüência de complexa simbiose entre o habitat e as estruturas sociais. Essa orientação sociológica, antropológica, ecológica é, de modo mais específico que a dêsses geógrafos e cientistas sociais a de Gilberto Freyre, quando, v.g., referindo-se as questões concernentes à projetada reforma agrária, no Brasil, chama a atenáão para o fato de que, em país tropical como êste, constituí a monocultura latifundiária “urna verdadeira perversão do seu destino natural” (o “agrário diversificado”), devendo, a política social a ser seguida nesses países reduzir ao mínimo “as sub-áreas, puramente rurais, de monocultura” (outrora latifundiárias) e estender “sôbre essas sub-áreas atividades e populações, que de rurais passassem a urbanas” (ou melhor, de “lavouras imperiais” passassem a ser, “tanto quanto ecolõgicamente possível”, áreas de produção diversificada e de atividades mistas como as agro-pastoris). Se a técnica, —acrescenta Gilberto Freyre,— permite maior produtividade, cabe à “estrutura sócio-econômica medir o teor das necessidades humanas”.